domingo, 14 de agosto de 2016

Celebrando a paternidade II

Então, neste dia dos pais, seguindo a “tradição” iniciada no ano passado, quero externar minha gratidão e, dessa maneira também homenagear, a esse cara que me fez um pai melhor: meu filho João Vítor

Lembro-me muito bem a manhã que soube que seria pai de outro menino. Nem foi necessário muito tempo de exame para que o médico asseverasse, com 100% de certeza, que viria outro menino. E, para que não restasse nenhuma dúvida desse fato, deu um zoom na imagem da ecografia: “Tá aqui, ó: é menino mesmo!” e circulou a evidência. Fiquei muito, muito feliz. Bem ou mal, eu já sabia como era ser pai de menino, já estava acostumado, era o que eu sabia ser, portanto a vinda de outro, era bom demais, tranquilizador até, eu diria! Não me traria novidades ou sustos. A verdade é que, desde que eu soube que seria pai pela segunda vez, desejei muito que viesse outro menino. Eu desejava que crescessem juntos, fossem os melhores amigos na infância, adolescência e pro resto da vida.

João Vítor chegou pra me tornar um pai num outro patamar, com um coração maior, mais brando e mais amoroso. Com sua mente brilhante e inquiridora, João me ensinou e ser mais paciente, a buscar mais respostas, a ter mais criatividade nas minhas histórias de pai. Ele me incentivava a ser mais cuidadoso com minha saúde e corpo. Foi com ele que fiz longas e boas caminhadas, uma delas com uma passagem memorável na Ladeira do Arrocha, em Taguatinga, na qual esse meu filho demonstrou grande generosidade e lealdade para comigo.

Os anos se passaram, João cresceu, passou de menino pra adolescente e, a partir daí, tudo aconteceu muito depressa: saiu de casa para estudar num colégio interno, e de lá já foi direto pra universidade.

Acho que é isso: quando dei por mim, havia me tornado pai de um homem barbado que já não morava mais comigo. Hoje vive a milhares de quilômetros distante de mim. Ainda assim, suas atitudes, sua generosidade, sua maneira de interagir me instiga na busca ser um pai cada vez melhor.